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Projeto de “Formação e Empoderamento de Mulheres da periferia de Aracaju” realiza visita a ALESE

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FAÇA BONITO! 18 de Maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

No último dia 14/05, o CDJBC realizou mais uma ação do projeto de “Formação e Empoderamento de Mulheres da periferia de Aracaju”. A ação com as mulheres residentes do complexo Santa Maria ocorreu por meio de visita à Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), sendo uma importante ação de incidência política. A visita teve como objetivo conhecer o funcionamento do legislativo e fortalecer a presença das mulheres nesses espaços de decisão. 💪🏾✨

Na oportunidade, o projeto participou da Audiência Pública promovida pela Deputada Linda Brasil, que discutiu a gravidade da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil e em Sergipe. Estiveram presentes autoridades e ativistas que reforçaram a importância da rede de proteção, da responsabilização dos agressores e da educação nas escolas como ferramentas essenciais para o enfrentamento dessa realidade. 📢🚨

Esse momento também marcou os 25 anos da criação da Lei do 18 de Maio, data simbólica que lembra o terrível Caso Araceli (1973), e que deu origem à campanha nacional FAÇA BONITO 🌼

🗣️ Para Joilda, coordenadora do projeto: “estar nesses espaços é parte da luta para transformar a vida das mulheres e suas comunidades”.

📞 Denuncie: Disque 100

🌼 Proteja nossas crianças e adolescentes. Faça Bonito!

INFORMAÇÕES DA PARCERIA

Título do Projeto: Formação e empoderamento de mulheres da periferia de Aracaju

Entidade Proponente: Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra Dom José Brandão de Castro – CDJBC

Órgão Concedente: Ministério das Mulheres

Termo de Fomento:  949810/2023

Valor do projeto: R$428.000,00 (quatrocentos e vinte e oito mil reais)

Data da liberação do recurso: 13/03/2024

Período para execução: 17 meses

Destinação: Emenda Parlamentar Impositiva realizada pelo Deputado Federal Márcio Macedo

 

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO Nº 001/2025

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O Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC) torna público o Edital nº 001/2025 que dispõe sobre o processo seletivo simplificado com vistas à contratação pessoal para “Serviços de Assessoria Técnica Especializada em Mobilização e Políticas Públicas”.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
O CDJBC, por intermedio da Secretaria Executiva, no uso de suas atribuições previstas no Estatuto da entidade, vem tornar público que, será realizado processo seletivo simplificado, conforme condições estabelecidas neste Edital.

DA FINALIDADE
Promover processo seletivo simplificado com vistas à contratação pessoal para “Serviços de Assessoria Técnica Especializada em Mobilização e Políticas Públicas”.
A contratação será realizada quando da necessidade pelo CDJBC formar equipe para implementação de projetos desenvolvidos pela instituição em Sergipe ou em outro estado da federação, de acordo com as partes interessadas.

DA COMISSÃO DE SELEÇÃO
Este processo seletivo simplificado conta com uma Comissão de Seleção designada pelo Secretário Executivo que tem como papel exclusivo proceder com a análise da documentação, processo de escuta e selecionar candidaturas para contratualização.
A Comissão de Seleção do CDJBC não se responsabiliza por inscrição não realizada por motivos de ordem técnica de equipamentos de informática (notebooks, computadores, celulares, tablets e afins), falhas de sistemas de comunicação, ou por outros fatores que impossibilitem a transferência de dados do equipamento utilizado pelo candidato.

DO REGIME DE CONTRATAÇÃO
O vínculo para contratação será por tempo determinado e conforme Contrato através de Pessoa Jurídica via MEI, ou contratos via RPA para situações específicas.

DA CONTRATAÇÃO
O período de contratação será definido em contrato, podendo ser aditivado, por necessidade exclusiva do atendimento ao Projeto em execução, e rescindido a qualquer época antes desses prazos, por denúncia ou acordo das partes.

DAS INSCRIÇÕES
Propomos a todo/a interessado/a pelo Edital, conhecer o teor para o preenchimento dos requisitos.
O/a Candidato/a precisa ter comprovação do cadastro de pessoa jurídica. Caso não possua, mas apresente os requisitos necessários, deverá proceder com a abertura cadastral em até 72horas após o processo de seleção, possuindo CNAE correspondente a função técnica a ser contratada.
O/a Candidato/a precisa ter disponibilidade para viagem, aos municípios dos Estados de Sergipe, Bahia e Minas Gerais, preferencialmente, e demais estados da federação, estando de acordo com a necessidade do projeto em execução.
Deverá comprovar capacidade técnica para a área.
Para participar do processo seletivo, os/as interessados/as deverão encaminhar Currículo e demais documentos para o e-mail joilda@cdjbc.org.br de acordo com relação a seguir e, por ocasião da convocação dos/as candidatos/as classificados/as, entregar os originais (caso haja necessidade) no ato da contratação, se selecionado/a:

  • Comprovante de inscrição de Pessoa Jurídica / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
  • Currículo profissional (COMPROVADO);
  • Documentos de RG ou CNH.

Não será reconhecido como candidato/a aquele/a que sofreu condenação judicial por exploração do trabalho infantil.
Observação: Para o ato da contratação, o/a candidato/a deverá apresentar Cartão de Vacinação com as vacinas em dia.

Para a contratação será necessário que a pessoa selecionada adira ao Termo de Compromisso de Enfrentamento a Exploração, Abuso, Assédio Sexual e Moral e a Violação de Direitos Humanos (Ver o Anexo I, página 8 do Procedimentos da Política de Enfrentamento a Exploração, Abuso, Assédio Sexual e Moral e a Violação de Direitos disponível no site do CDJBC. Acessar no link: https://cdjbc.org.br/wp-content/uploads/2021/08/Procedimentos-da-Politica-de-Enfrentamento-e-Combate-a-Violencia-dos-Direitos-Humanos.pdf).

DA SELEÇÃO
A Comissão de Seleção identificará, dentre os/as interessados/as aqueles/as cujo perfil enquadre-se à aptidão e adequação necessárias ao desempenho das atividades para a prestação de serviços descritos neste Edital. Para a seleção será analisado a capacidade técnica/curricular e a entrevista.

Observação : Currículos entregues fora do período de inscrição estabalecidas neste edital, serão arquivados no Banco de Currículos, podendo a Comissão de Seleção convocar a qualquer tempo para compor a equipe de projetos de acordo com a demanda da instituição.

DAS ÁREAS PARA SELEÇÃO E COMPOSIÇÃO DO BANCO DE VAGAS

  • Consultoria especializada em Saúde;
  • Consultoria especializada em Proteção Social;
  • Consultoria especializada em questões de equidade étnico racial;
  • Assessoria especiaizada em mobilização e em Politicas Públicas;
  • Consultoria em Mobilização de adolescentes e participação cidadã.

DO CRONOGRAMA

ESPECIFICAÇÃODATA
Publicação do Edital28 de abril de 2025
Período para inscriçõesDe 28 de abril a 18 de maio de 2025
Análise dos documentosDe 29 abril a 19 de maio de 2025
EntrevistasPor agendamento no decorrer desta seleção
Convocação de Selecionados/as (via e-mail)Até 23 de maio de 2025

* A Convocação para entrevista será conforme disponibilidade de vagas no CDJBC. Podendo, inclusive, ocorrer em momentos posteriores ao estabelecido neste edital, se o perfil profissional for compatível com outras vagas não previstas neste Edital que venham a surgir.

DO RESULTADO
O resultado será publicado no site do CDJBC www.cdjbc.org.br  sob a responsabilidade do interessado no acompanhamento.

FICA ESTABELECIDO PARA PONTUAÇÃO
Experiência na área relacionada à atividade para a qual se inscreveu;
Atividades de caráter voluntário em Organizações da Sociedade Civil (OSC), Religiosas e afins;
Entrevista sobre a temática da área pretendida;
Certificações de participação em capacitação na área.

Será desclassificada a proposta que não obter pontos em quaisquer dos quesitos acima.

DISPOSIÇÕES FINAIS

  • Serão eliminados/as os/as candidatos/as que encaminharem documentação com irregularidade.
  • A classificação neste Processo Seletivo garante ao/a candidato/a fazer parte do Banco de reserva de vagas do CDJBC.
  • Para contratação será encaminhado convocação por e-mail e/ou via telefone.
  • O Edital e seus anexos estarão disponíveis para consulta no seguinte sítio eletrônico cdjbc.org.br.
  • Poderão ser obtidas informações relativas ao processo seletivo através do e-mail joilda@cdjbc.org.br.
  • Os casos omissos serão encaminhados pela comissão de seleção.

Aracaju, 28 de abril de 2025

Alex Federle do Nascimento
Secretário Executivo do CDJBC

CDJBC participa da Oficina do projeto Networks4conservation (Projeto IKI)

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Promovida pela AP1MC/ASA, entre os dias 14 e 16 de abril, a oficina do projeto Networks4conservation realizada em Camaragibe/PE, contou com a participação de Organizações de todos os estados do semiárido brasileiro, afim de promover um amplo processo de troca de experiê

ncias, refletir sobre os desafios presentes nos territórios, bem como, apontando caminhos para ações que possam contribuir no fortalecimento das estratégias de proteção do bioma caatinga, sua recuperação e/ou preservação, sobretudo dos povos que ali residem.

A programação contou com a contribuição da professora Deorgia Souza (Universidade Estadual de Feira de Santana/BA e pesquisadora do bioma caatinga na Plataforma MapBiomas) que abordou o tema “Desmatamento no semiárido: cenários, vetores e tendências”.

A agricultora Gizeli M. de Oliveira (diretora presidente da cooperativa Central da Caatinga) apresentou a experiência da Central da Caatinga, demonstrando as ações e iniciativas da cooperativa para fortalecer os arranjos da sociobiodiversidade na caatinga.

Os/as representantes/as do IRPAA (Luís) e do CDJBC (Alex Federle e Bayne Ribeiro) apresentaram “Estratégias de defesa e gestão territorial” desenvolvidas pelas organizações, sobretudo relatando as ações de intervenção para recuperação de áreas degradadas, apontando assim, caminhos possíveis para o enfrentamento das ameaças que estão ocorrendo no semiárido que colocam em risco a sobrevivência dos Povos e Comunidades Tradicionais.

A AS-PTA e o Centro Sabiá, representadas por Luciano e Carlos Magno, respectivamente, também partilharam experiências sobre Fundos Rotativos Solidários que podem contribuir com o fortalecimento das estratégias para o desenvolvimento do projeto.

A oficina, apontou ainda caminhos para a realização de Diagnósticos Locais que devem subsidiar a segunda fase do projeto que é a estruturação e definição das ações de intervenção direta que buscam fortalecer as políticas existentes, mas sobretudo, estruturar um plano de ação para o controle e a redução do desmatamento na caatinga, fortalecendo e valorizando os produtos da sóciobiodiversidade.

CDJBC recebe recursos para executar o projeto Mudanças Climáticas e as práticas para o Bem Viver

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O CDJBC firmou recentemente parceria com o MDA para o desenvolvimento do projeto “Mudanças Climáticas e as práticas para o Bem Viver” que visa atender 50 famílias na região sergipana do Baixo São Francisco. O projeto é fruto do recurso de Emenda Parlamentar Impositiva destinada pelo Deputado Federal Márcio Macedo (PT) quando exerceu o cargo em 2022. Confira mais detalhes sobre o projeto.

INFORMAÇÕES DA PARCERIA

Título do Projeto: Mudanças Climáticas e as práticas para o Bem Viver
Entidade Proponente: Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra Dom José Brandão de Castro – CDJBC
Órgão Concedente: Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA)
Termo de Fomento: 941132/2023
Valor do projeto: R$500.000,00 (quinhentos mil reais)
Data da liberação do recurso: 21/12/2023
Período para execução: 36 meses
Destinação: Emenda Parlamentar Impositiva realizada pelo Deputado Federal Márcio Macedo

 

BREVE CONTEXTO – APRESENTAÇÃO

O projeto “Mudanças Climáticas e as práticas para o Bem Viver” será implementado no território do Baixo São Francisco, região marcada pelas desigualdades sociais e por muita carência em políticas públicas, sendo uma região estratégica para atuação e para melhoria da qualidade de vida das pessoas e melhoria do meio ambiente. Nossa atuação será com amplo processo formativo na linha do fortalecimento da base agroecológica junto a 50 famílias em comunidades tradicionais, a partir de uma construção metodológica participativa e dialogada entre a equipe e os/as beneficiários/as. Nesse contexto, a proposta visa realizar amplo diagnóstico para mapear as famílias e definir quais passos a serem dados a posterior, será viabilizada a implementação das tecnologias sociais, além do trabalho de (auto) organização comunitária. Vale destacar todo trabalho de valorização dos saberes locais, da mão de obra local e de toda perspectiva de agregação de valores na busca por garantia da segurança alimentar e nutricional a partir dos alimentos produzidos nos quintais e nos roçados.

Será formada uma equipe com cinco profissionais qualificados e com experiência relacionada a perspectiva da proposta e todo aparato institucional para dar suporte ao trabalho que será executado, sendo: 01 Coordenador Técnico, 01 Coordenador Pedagógico, 01 Gerente Adm. Financeiro, 01 Técnico e 01 Assistente de Coordenação, vez que, parte do corpo técnico do projeto já compõe o Quadro da Instituição e/ou já atuou no território onde serão desenvolvidas as ações do projeto.

DESCRIÇÃO DO OBJETO

Promover processo de formação, tendo como parte integrante, a implementação de Tecnologias Sociais (TS) de baixo teor de carbono, de modo a colaborar com a melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiadas e com a organização social de base comunitária.

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

PÚBLICO-ALVO: 50 famílias em comunidades tradicionais, bem como, coletivos em processo auto organizativos e sócio assistenciais.
AÇÕES (METAS)OBJETIVOS
Processo de identificação, seleção e cadastramento das famíliasGarantir processo de desenvolvimento comunitário por meio da valorização dos potencialidades locais e o emponderamento das famílias
Oficina de Planejamento das atividades
Oficina de construção do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) – 1ª etapaRealizar Diagnóstico e levantamento de dados
Oficina de construção do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) – 2ª etapa
Processo de formação e acompanhamento das famíliasGarantir processo de formação e diálogo participativo
Sistematização das visitas às unidades familiares
Implementação de Calçadão para secagem de sementes e grãosImplementar Tecnologias Sociais
Construção de Eco fogão
Acompanhamento ao cultivo de alimentos das unidades familiares beneficiadas (como parte integrante do processo de formação)
Oficina sobre aspectos organizativos das Organizações da Sociedade Civil (OSC)Assessorar as famílias e/ou coletivos em processo auto organizativos e sócio assistenciais
Realização de 03 Oficinas com temáticas a serem identificadas junto ao público beneficiário
Sistematização de Experiência
Realizar Intercâmbio de Experiências no âmbito da Agricultura Resiliente ao Clima (ARC)Promover momentos de partilha de saberes
Seminário de Resultados

 

As ações do projeto serão divulgadas neste site e em nossas redes sociais. Acompanhe!

CDJBC e Ministério das Mulheres (MM) firmam Termo de Fomento para atuar com formação e empoderamento de mulheres

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Em dezembro de 2023, o CDJBC e o Ministério das Mulheres firmaram parceria por meio de Termo de Fomento para desenvolvimento do projeto “Formação e empoderamento de mulheres da periferia de Aracaju” que deverá atender 90 mulheres localizadas nos bairros Coroa do Meio, Dezessete de Março (Santa Maria) e Getúlio Vargas e adjacências. Além do processo de formação, o projeto beneficiará ainda a Cozinha Comunitária da Associação das Catadoras e Catadores de Mangaba Padre Luiz Lemper contribuindo com a autonomia das mulheres mangabeiras do Santa Maria.

O projeto é fruto de recurso de Emenda Parlamentar Impositiva destinada pelo Deputado Federal Márcio Macedo (PT) quando exerceu o cargo em 2022. Confira mais detalhes sobre o projeto.

 

INFORMAÇÕES DA PARCERIA

Título do Projeto: Formação e empoderamento de mulheres da periferia de Aracaju

Entidade Proponente: Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra Dom José Brandão de Castro – CDJBC

Órgão Concedente: Ministério das Mulheres

Termo de Fomento:  949810/2023

Valor do projeto: R$428.000,00 (quatrocentos e vinte e oito mil reais)

Data da liberação do recurso: 13/03/2024

Período para execução: 12 meses

Destinação: Emenda Parlamentar Impositiva realizada pelo Deputado Federal Márcio Macedo

 

DADOS DO PROJETO

BREVE CONTEXTO – APRESENTAÇÃO

O projeto “Formação e empoderamento de mulheres da periferia de Aracaju” visa desenvolver um processo de formação com, pelo menos, 90 mulheres (e 30 crianças e/ou adolescentes) da periferia de Aracaju, localizadas nos bairros Coroa do Meio, Dezessete de Março (Santa Maria) e Getúlio Vargas e/ou suas adjacências, que possibilite maior autonomia dessas mulheres por meio das discussões de gênero e enfrentamento às violações de direitos humanos que as acometem, empoderamento político para incidência e participação em espaços de decisão, bem como, da geração de renda, principalmente com as mulheres extrativistas da Mangaba.

No caso, em específico das mulheres extrativistas da mangaba, localizadas no bairro Dezessete de Março, o projeto promoverá a aquisição e doação de utensílios para estruturação da Cozinha Comunitária para que sejam desenvolvidas as ações de beneficiamento, ampliando as possibilidades de geração de renda das mulheres e suas famílias.

Segundo o Mapa da Pobreza e Desigualdade Social, Aracaju foi baseada no “recorte de rendimento domiciliar per capita, sendo esta uma das formas de mensurar, quantitativamente, a pobreza e a desigualdade social nos municípios brasileiros”, tendo como referência o corte de renda definido pelo MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2010) onde as famílias em situação de pobreza extrema possuía renda de até R$ 70,00, e àquelas em situação de pobreza, apresentavam a renda de R$ 140,00. Dentro deste parâmetro, diversos bairros e conjuntos da área periférica de Aracaju, principalmente localizados nos extremos das áreas Norte e Sul do município, foram identificadas famílias em situação de pobreza e de pobreza extrema.

A cidade foi crescendo de forma desordenada e acentuou uma concentração de domicílios em situação de pobreza nessa parte mais periférica, o que concentrou também um maior índice de violações de direitos humanos, principalmente envolvendo mulheres, crianças e adolescentes, além de provocar diversos problemas socioambientais, aumentando os conflitos de interesse com a rede imobiliária.

O próprio mapa apresenta que parte do problema está diretamente ligado a falta de saneamento básico e estrutura sanitária adequada. Para além disso, há ainda o registro de localidades com maiores índices de analfabetismo, baixa escolaridade, o que promove a dificuldade de acesso a empregos formais, ou mesmo, aumenta a exploração do trabalho por meio da informalidade e com mão de obra barata.

 

JUSTIFICATIVA

Aracaju, capital de Sergipe, já foi considerada a CAPITAL DA QUALIDADE DE VIDA, pelos investimentos em políticas públicas que reduziram as desigualdades sociais, bem como, promoveu ações e programas voltados para mulheres, crianças e/ou adolescentes. Com o retrocesso dos últimos anos, as violações de direitos humanos aumentaram no Brasil, o que não foi diferente em Sergipe, e consequentemente em Aracaju, sua capital. Ocorre que tais violações que acometeram mulheres, crianças e adolescentes, em sua grande maioria, deixou evidente a lacuna que existe no desenvolvimento das políticas públicas de enfrentamento a essas violações, no combate as violências de gênero, no enfrentamento ao machismo, a xenofobia, a LGBTfobia e tantas outras violações no município de Aracaju. Situações que expõe cada vez mais o público a condições de submissão ao homem e a de subempregos, ou mesmo, a exploração de sua mão de obra.

O desabafo dessas mulheres tem ecoado cada dia mais como pedindo de socorro, pois as oportunidades de acesso a emprego e renda diminuíram, assim como, os níveis de escolaridade ou de acesso ao conhecimento.

Há, portanto, um interesse mútuo do CDJBC conjuntamente com lideranças políticas locais por espaços capazes de promoverem a troca de vivências entre mulheres, mas sobretudo, que fortaleça a discussão e formação de mulheres da periferia de Aracaju, fomentando o empoderamento, de modo, que incida sua participação nos espaços de decisão representativa e direta, além de, provocar a retomada de uma agenda no enfrentamento às desigualdades, de promoção, defesa e garantia dos direitos humanos, e de geração de renda com as mulheres periféricas do município.

Contudo, faz-se necessário frisar que em relação a estruturação da Cozinha Comunitária, as mulheres ligadas a Associação das Catadoras e Catadores de Mangaba Padre Luiz Lemper, vem buscando parceiros locais em prol da implantação de uma unidade de beneficiamento coletiva, autogestionada pelas catadoras de mangaba , visando a produção e comercialização de alimentos à base de mangaba e de outras espécies da agrobiodiversidade local, agregando valor e ampliando a oferta de produtos feitos artesanalmente por essas mulheres. Portanto, o Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC), a partir dos diálogos realizados, entendendo a importância do fortalecimento da luta das mulheres extrativistas da mangaba, acolhe parte desse recurso não somente para implantar a unidade de beneficiamento, mas sobretudo, contribuir com seu processo de desenvolvimento, produção e comercialização.

Para além do processo de formação com as mulheres, a instituição adquirirá um Veículo (Strada) para o desenvolvimento de suas ações institucionais, e apoio logístico durante o desenvolvimento do projeto, ficando de suporte para as demais agendas instituições após o término do mesmo.

 

DESCRIÇÃO DO OBJETO

Promover processo de “formação e empoderamento de mulheres da periferia de Aracaju”.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

  • Promover mobilização e formação de mulheres periféricas em prol fortalecimento da agenda de igualdade de gênero, além de contribuir com a perspectiva de geração de renda local;

Objetivos Específicos

  • Promover processo de mobilização e formação de mulheres da periferia de Aracaju no enfrentamento às desigualdades de gênero e ao machismo nos espaços de poder;
  • Estruturar com equipamentos a Cozinha Comunitária da Associação das Catadoras e Catadores de Mangaba Padre Luiz Lemper em prol do fortalecimento nas ações das mulheres extrativistas para promoção do beneficiamento da mangaba e outros frutos, oportunizando a ampliação da renda.

 

PÚBLICO-ALVO

  • Mulheres da periferia de Aracaju, preferencialmente àquelas em situação de vulnerabilidade social ou vítimas de violências.

Beneficiárias

  • 90 mulheres e 30 crianças e/ou adolescentes(filhos/as das mulheres beneficiadas). As crianças e/ou adolescentes serão contempladas durante os momentos formativos que suas mães estiverem participando.

 

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

1) Processo de mobilização;

2) Realização de 15 Oficinas/Rodas de Conversa abordando temas como: Violências; Corpo e Sexualidade; Empoderamento de mulheres; Comunicação: qual modelo de comunicação almejamos?; Beneficiamento de mangaba (frutas) e geração de renda; Outros temas correlatos definidos coletivamente;

3) Visita a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) e/ou a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (ALESE);

4) Seminário sobre violações de direitos das mulheres.

 

As ações do projeto serão divulgadas neste site e em nossas redes sociais. Acompanhe!

Projeto Cultivando Futuros estimula a participação social para aprimorar políticas de agricultura familiar e segurança alimentar

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Experiência de cooperação internacional envolvendo Brasil e Alemanha envolve 12 organizações que atuam no semiárido brasileiro, incluindo o CDJBC

 

Contribuir para a transformação agroecológica e para a soberania alimentar e nutricional no Semiárido nordestino. Este o principal objetivo do Projeto Cultivando Futuros, realizado em 20 municípios da região do semiárido pela AS-PTA, Rede ATER NE de Agroecologia e da organização de cooperação internacional Pão para o Mundo (Brot fur die Welt, em alemão), com financiamento do Ministério Federal da Alimentação e da Agricultura da Alemanha (BMEL, na sigla em alemão).

Em Sergipe, Poço Redondo é o município que acolhe o projeto, que é realizado localmente pelo Centro Dom José Brandão de Castro, Organização da Sociedade Civil (OSC) que conta com mais de 29 anos de experiência na atuação junto a pequenos/as agricultores/as e à população do campo, seja no assessoramento técnico, seja na defesa e garantia de direitos.

Para alcançar seu objetivo primordial, o Cultivando Futuros tem realizado uma série de ações no sentido de fortalecer as organizações da sociedade civil que atuam no campo da agricultura familiar, como sindicatos dos trabalhadores rurais, associações comunitárias, grupos de mulheres e jovens a fim de que elas incidam politicamente para elaborar, propor e monitorar as políticas públicas voltadas à agricultura familiar, bem como para aprimorar as políticas públicas já existentes.

Conhecer para transformar

O primeiro passo realizado junto às comunidades foi a construção da Linha do Tempo e a Trajetória dos Sistemas Agroalimentares do município, tendo um marco temporal de antes de 1989 a 2024. Esta ação foi realizada durante uma oficina voltada para 11 representações de Organizações da Sociedade Civil, Professoras/es e Lideranças de Movimentos Sociais de Poço Redondo.

“Foram levantadas as ações mais importantes para contribuir de forma direta, positiva ou negativamente, na produção de alimentos saudáveis no município, enfatizando quais políticas públicas e infraestruturas (promovidas pelo Estado ou Organizações da Sociedade Civil) foram importantes para que a agenda pudesse de fato afetar os sistemas agroalimentares”, explicou Alex Federle, responsável pelo projeto em Sergipe, e secretário executivo do CDJBC, acrescentando que no dia 06 de dezembro, a devolutiva da sistematização dos dados coletados na primeira oficina foi feita durante um novo encontro em Poço Redondo.

Dentre as ações apontadas pelos participantes, como sendo as que mais contribuíram com o fortalecimento da agenda da agroecologia no município estão a implementação de cisternas para consumo humano, a produção de alimentos, os processos de formação e os intercâmbios promovidos pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), assim como diversos projetos desenvolvidos pelo CDJBC no âmbito da recuperação de áreas degradadas, ou seja, de enfrentamento e mitigação aos efeitos da seca.

O maior desafio destacado pelos agricultores foi o enfrentamento ao agronegócio, que tem destruído as áreas verdes com o aumento do desmatamento e elevado a produção de monoculturas de milho ou palma focadas somente na criação bovina para produção e comercialização do leite. “Isso tem gerado profundos problemas que tem tirado a autonomia das comunidades rurais, o que praticamente levou a extinção do patrimônio genético das agricultoras e agricultores”, denunciou Alex.

Agenda de lutas

“A escuta e sistematização de como as políticas agrárias impactaram nas comunidades provoca nos agricultores e agricultoras um processo de reflexão mais amadurecido com vistas a traçar ações coletivas de incidência para que as políticas públicas existentes possam ser qualificadas e ampliadas numa perspectiva de fortalecimento da agenda agroecológica: recuperação dos solos e das matas, enfrentamento ao agronegócio e a urgência de frear o uso de venenos agrícolas”, destacou Alex.

Ao final desta etapa, será formulado um documento com uma agenda prioritária para a incidência política no município no campo da agricultura familiar, sobretudo para a produção de alimentos pautados na soberania, segurança alimentar e nutricional. Estas propostas serão apresentadas à gestão pública de Poço Redondo pela gestão do município, assim como, será discutido como o Estado e a União poderão corroborar com o processo de desenvolvimento dessas políticas.

Entre as ações a serem propostas, destaca Alex, uma das mais importantes é a reativação do extinto Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEA). “A necessidade de retomar essa importante agenda já se encontra em diálogo com a gestão atual, bem como com a gestão que assumirá a Prefeitura a partir de janeiro de 2025”, destacou Federle.

Próximos passos: Dialogar para aprimorar

Em 2025, as ações continuam. A segunda etapa do projeto, a ser realizada no próximo ano, continuará em um processo de diálogo com a presença de representantes do Poder Público municipal e estadual que executam as políticas agrárias e de soberania, segurança alimentar e nutricional, além de coletivos como conselhos de políticas públicas, redes e articulações do território. Nesta etapa, é chegado o momento de fomentar o diálogo entre diferentes atores sociais.

“Promover este intercâmbio entre os setores que implementam efetivamente as políticas públicas, fazendo com que eles conheçam as demandas dos atores sociais que vivenciam os resultados destas políticas, é uma das maneiras de estimular a participação dos sujeitos na elaboração e no monitoramento das políticas públicas. Porém, mais do que isso, facilitar este diálogo é uma maneira de fomentar a atuação intersetorial, seja entre os setores do poder público envolvidos na implementação da política agrícola e alimentar, seja entre esferas de Poder, sempre numa perspectiva inclusiva e que considere a equidade de gênero”, destacou o responsável pelo projeto em Sergipe, Alex Federle.

Por que Poço Redondo

A escolha de Poço Redondo para ser foco do Estudo de Caso se deu devido seu acelerado processo de desertificação e dos grandes investimentos do agronegócio na região. “No período anterior ao Golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff, o município recebeu grandes investimentos para o fortalecimento da agricultura familiar. Contudo, após 7 anos, as famílias encontravam-se com um nível de empobrecimento muito mais elevado, e vivendo em situação de subsistência, sendo urgente entender como as políticas públicas podem contribuir com a superação da fome e da extrema pobreza”, destacou Alex.

Sobre o Projeto

A iniciativa é, por essência, uma ação de incidência política com intenção de transformar os sistemas alimentares no Brasil, mas também na Alemanha, a partir do intercâmbio de conhecimentos entre os dois países. Trata-se de uma experiência de cooperação internacional que demonstra como as soluções locais podem contribuir para o enfrentamento dos desafios globais. O projeto iniciou em março de 2024 e será concluído no final de 2025.

Ao todo, as 12 organizações da Rede ATER, que atuam na Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe, executam o Cultivando Futuros. As organizações estão realizando estudos de caso para diagnosticar os impactos locais de políticas públicas fundamentais para a garantia do direito à alimentação como a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa Ecoforte e as políticas voltadas às mulheres, que fazem parte dos Planos Nacionais de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e de Abastecimento Alimentar (PLANAAB).
O projeto segue uma abordagem de promoção de diálogo inclusivo envolvendo múltiplos atores – sociedade civil organizada, governos e setor privado – que promoverá a cooperação com conselhos como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA), a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF), possibilitando que sujeitos invisibilizados – mulheres e jovens rurais, povos e comunidades tradicionais – participem da formulação de políticas públicas.

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